sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pelos poderes do Heavy Metal

Ano passado meu lado metaleira voltou com tudo. Começou em janeiro quando, por motivos financeiros e boicote de uma editora chata que não me levou pra Sampa bem na época, eu perdi os shows da banda que mudou a minha vida em 1998, o Metallica.
Não fui e nem por isso segui em frente de boa. Quando li uma matéria "Metallica retorna ao país após 11 anos", quis chorar loucamente. Por dois motivos, um que eu realmente queria ter ido. E o outro porque já tinha se passado 11 anos daquele sábado de maio que eu fui pra São Paulo encontrar amigos e a minha irmã para passar um bom tempo na companhia do meu amigo, Bruno, para ver um show que simplesmente definiu a pessoa que eu seria dali pra frente. 11 anos, resumo: me senti velha. Velha e tinha levado um fora altamente inexplicável e encontrei meu consolo em vodka e rum e uma festinha meia boca na cidade.
Passei o ano fazendo as pazes com o metallica, afinal, nosso relacionamento esteve bastante abalado com a saída de Jason Newsted do baixo. E piorou com o lançamento de St. Anger. Mas aos poucos o Robert Trujillo e o Death Magnetic foram me conquistando e em maio, após o fim de um relacionamento totalmente mal-sucedido, eu já estava berrando Broken, Beat and Scarred em momentos de angústia.
Muito drama, eu sei. Mas Metallica pra mim é mais do que uma banda, é todo um caráter que foi definido na adolescência. Eu passei de nada pra roqueira e de roqueira para EU, simplesmente EU desse jeito que eu sou.
Aí, voltei às minhas juras a mim mesma de que eu não perderia mais os shows que queria ver dali pra frente. E de shows mesmo, nada me interessou ano passado. Até novembro quando teve Marky Ramone com o Michale Graves, que eu tanto amei e tanto odiei com a saída dos Misfits, minha segunda banda favorita que entra no meu Top 5 forever. A minha amiga Jools me acompanhou na maior pra esse show bagaceira tosquíssimo num lugar péssimo mas que me deixou tão próxima daquela pessoa tão divina que é o Graves. Bizarro sim, mas fantástico quando cantou Dig Up Her Bones na minha frente e me levou a indícios de lágrimas!
Aquele reencontro com a minha fase de mudanças hormonais, corporais e mentais me fez enlouquecer na êxtase da nostalgia. Meu ex-psicólogo me disse que eu sou muito nostálgica e que gosto das coisas que me lembram um momento que parecia mais feliz. Tá aí. Era verdade. Valeu usar o plano de saúde.
Então, o ano acabou tive um natal lindo com o meu priminho de 2 aninhos usando uma camisa azul do Ramones e me acordando pra brincar com ele. Depois um ano novo molto divertente em casa com uns bróder jogando dicionário (nerd é nerd, não tem jeito!) e o nascimento do Heitor, o filho lindo da Karins!
E, aí, por uma obra divina do grande Deus do Heavy Metal, Brasília entrou na fita com a música em 2011 e eu tive a oportunidade de ir a vários shows legais sem sair de casa. Obrigado Senhor do Heavy Metal.


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